Friday, July 13, 2007

A Era do Clichê

Vivemos em uma época na qual utilizar-se de clichês é considerado inteligência.
Vivemos em uma época na qual ''ser diferente'' é mais importante do que tudo, e para ''ser diferente'' é preciso utilizar-se de clichês.
''Ser diferente'' é um clichê.
Vivemos em uma época de diferenças massificadas.
Vivemos em uma época na qual um indivíduo pega uma guitarra e toca da maneira como Richard Claydermann o faz no piano, e isso é considerado rock and roll revolucionário. Reducionismo é revolução.
Vivemos em uma época na qual Quentin Tarantino é considerado um gênio ao fazer um filme como ''Kill Bill'', porque Quentin Tarantino é clichê.
Vivemos em uma época na qual as pessoas dizem ''Eu gosto de indie porque é diferente'', e o que temos? Temos um exército de indies, e um arsenal de hits.
Vivemos em uma época na qual as pessoas dizem que gostam de Stanley Kubrick, mas só conhecem Laranja Mecânica.
Vivemos em uma época onde ostentar ''criatividade'' é essencial, e ostentar conhecimento superficial sobre tudo é imprescindível.
Vivemos em uma época na qual fazer arte por fazer é mediocridade, deve-se fazer arte para ser um gênio.
Vivemos em uma era medíocre, a era dos copiadores. A era do clichê.

3 Comments:

Blogger Thiago said...

acabei de falar sobre os indie no meu post, é mesmo lamentável.

mas não sei cara.

não mais esperança em nenhum aspecto dessa nosso maravilhosa existência.

mas continuemos com o plano quadrinhístico.

um passáro na mão é melhor que dois mortos no chão por protestantes camêlos ou bandidos pé-rapados.

6:00 PM  
Blogger Thiago said...

ah sim: O Julio Cesar foi feito com base na estátua dele.

estava tentando achar o "tchán" do mangusto.

6:02 PM  
Blogger # said...

Se os clichês desaparecessem, o que restaria?

9:35 PM  

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