Orfeu
Houve um homem, um semideus
Que tocava a lira como ninguém
O seu nome era Orfeu
Canções belas como a rosa, negras como o Além
Que tocava a lira como ninguém
O seu nome era Orfeu
Canções belas como a rosa, negras como o Além
Orfeu era conhecido
Até nos confins da Terra
O seu nome era honrado
Nas festas e na guerra
Até nos confins da Terra
O seu nome era honrado
Nas festas e na guerra
Foi então que ele conheceu
A mais bela mulher já criada
Para Orfeu era mais perfeita
Que qualquer canção já tocada
A mais bela mulher já criada
Para Orfeu era mais perfeita
Que qualquer canção já tocada
Orfeu amava Euridice
E Euridice amava Orfeu
E o que poderia ser mais perfeito?
Cada um com o que era seu
E Euridice amava Orfeu
E o que poderia ser mais perfeito?
Cada um com o que era seu
Mas os deuses têm inveja
Se ressentem com a felicidade
E a morte apanhou Euridice
Ainda em tenra idade
Se ressentem com a felicidade
E a morte apanhou Euridice
Ainda em tenra idade
Orfeu ficou desolado
Não queria acreditar
Foi então que decidiu
Ao Além iria viajar
Não queria acreditar
Foi então que decidiu
Ao Além iria viajar
Orfeu se encontrou com as bestas
E tocou a lira com o coração
E Hades, rei do inferno,
Lhe daria Euridice com uma condição
E tocou a lira com o coração
E Hades, rei do inferno,
Lhe daria Euridice com uma condição
Que Orfeu caminhasse pelo Inferno
Mas nunca olhasse para trás
E sua amada voltaria para ele
Sem quaisquer lembranças más
Mas nunca olhasse para trás
E sua amada voltaria para ele
Sem quaisquer lembranças más
E assim fez Orfeu
Até quase o fim do caminho
Quando não pôde resistir
Olhou para trás e estava sozinho
Até quase o fim do caminho
Quando não pôde resistir
Olhou para trás e estava sozinho
Orfeu perdeu Euridice
Por toda a eternidade
Estavam mortas sua amada,
Sua lira e felicidade
Por toda a eternidade
Estavam mortas sua amada,
Sua lira e felicidade
3 Comments:
Nossa! Fabuloso!
Coincidência! Na área de trabalho aqui do PC tem até uma pintura sobre esse mito. É "Orpheu leading Eurydice from the underworld" (título original é em francês), de Camille Corot.
http://www.musesrealm.net/stories/orpheuseurydice.jpg
Então, o mais provável é que eu não exclua definitivamente o blog, como estava cogitando.
O problema é a sensação de compromisso em ter de compor coisas para postar. De fato, isso me proporciona uma boa sensação, haja vista as pessoas que lêem e dão algum sentido à coisa. Só que na maioria das vezes o que sinto é asco do que escrevo. Asco por ter falhado, por não ter composto a coisa do jeito que eu pretendia, algo assim.
Além disso, há o fato de eu não ser muito chegado em internet. Tal coisa me dá vertigens. Parece que torna tudo tão vulgarizado...chato, é a palavra.
Essas sensações todas vão e vêm. É por essas e outras razões que fico em dúvida quanto a manter ou não o blog, a fim de atualizá-lo constantemente...et cetera.
Concordo plenamente com o que dizes sobre os artistas e o melhor que chegou até nós.
Ih, é mesmo! Estranho ter aparecido Ulisses...me fez pensar em umas coisas fantasiosas..."insurgentes metafísicos de uma personalidade revolta mal-recalcada", nada a ver...hehehe!
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