Pêndulo desregulado

Minha volubilidade é incrível. Se você quer um exemplo de instabilidade emocional, é só apontar para mim.
Essa semana, por exemplo, eu comecei odiando completamente o Exército, por causa da experiência terrível que foi ter que comandar uma tropa na segunda-feira (Sim, as pessoas odeiam ser comandadas por gente da mesma idade). Mas já na terça, as coisas começaram a mudar, e encerrei hoje com um sossego incrível.
Neste caso, a mudança foi boa, mas estou tomando cuidado para não me ''deslumbrar'' com o sossego em que estou. Se você leva as suas emoções sempre ao máximo, vai quebrar a cara quando houver mudanças, e isso já aconteceu muito comigo.
No começo do ano, estava achando meu curso da faculdade (Jornalismo) uma merda absoluta e parecia impossível continuar nele. Passei meses pensando que não havia saída, que não estava no lugar certo, resumindo: fazendo o maior drama. Mas aí um dia eu resolvi parar de frescura e enfrentar as dificuldades de peito aberto, e não é que deu certo?
Esse foi um momento de abnegação, meu tão sonhado ideal ( tentar ser abnegado em tudo o que fizer).
Tá certo que eu estava meio ferrado em questão de nota, então a recuperação foi uma coisa meio samurai (hahaha, resquícios do Kendô?): ''Agora eu estou quase me ferrando, então que se foda, vou 'lutar até a morte' ''.
É uma boa atitude, mas acho que talvez seja melhor você enfrentar as coisas de um modo menos louco...não levando sempre as suas emoções ao máximo como se fosse um pêndulo desregulado, é muito sofrido.
Nossa, isso me lembra o ''Fausto'' de Goethe...na verdade, confesso que nem li o livro (mais um livro que tenho que ler),hahaha, mas pelo que sei ele trata de um cara que fez um pacto com o capeta para sentir tudo no máximo e se ferrou.