Saturday, September 30, 2006

Espírito de luta

Ando defasado em várias coisas, digo, artisticamente...o blog que não atualizo quase nunca, livros que comecei a ler e desisti (uns 5), histórias do Velhão que comecei a escrever e parei (umas 3), um conto em que dei uma parada radical também (´´ O Homem que Podia´´).
Este ano está sendo um ano de provações...os sargentos sempre dizem ´´O Tiro de Guerra são apenas 2 horas por dia, não atrapalha a vida´´...mas atrapalha sim, e muito! O relógio desregulado do sono que eu tenho me deixa quase sempre desanimado e apático, e quando tenho tempo livre só quero saber de descansar.
Parece que quanto mais perto de dezembro chegamos, mais devagar o ano passa. É como correr vários kilômetros: No começo, você está tinindo, mas chega no final e 100 metros começam a ser uma distância enorme.
Mas, pelo menos estou postando hoje! Isso significa que ainda não estou morto. Um pouco decepcionado, porém, pois não acho que esteja escrevendo algo de muito original...Porém, como diz alguma música por aí ´´O que me importa é não estar vencido´´, e espírito de luta eu ainda tenho de sobra.
Por causa de meu ânimo apático, nem estava a fim de votar (como sou militar não tenho obrigação), mas resolvi não contrariar o que tinha escrito em meu post ´´Nós e a política´´ e tentar fazer alguma coisa para mudar este país. Não agüento mais o Lula de presidente...Aliás, desde que a democracia voltou só tivemos Lulas de presidente. Como esse país tem medo de mudar! É incrível! Mas espero estarmos evoluindo, e tenho esperança de que não haverá o pesadelo de uma reeleição de alguém tão sujo quanto o atual presidente.
Bom, isso nós saberemos amanhã...

Tuesday, September 26, 2006

Americanismos

Eu realmente detesto americanismos. Hoje, por exemplo, eu estava no xerox da faculdade quando vi um cartaz: ´´Campeonato Paranaense de Fighting Games´´. Por que não colocaram ´´ jogos de luta´´? tem alguma razão racional que torna ´´fighting games´´ melhor do que ´´jogos de luta´´?
Alguém poderia ressaltar que a frase-título do meu blog é em inglês, mas isso não é a mesma coisa. No meu caso, coloquei a citação em seu idioma original porque queria preservar a sua essência, e não por que queria ser ´´chique´´ ou algo deste gênero.
Nossa classe média é muito colonizada...pensam que vivem dentro de um seriado norte-americano. Falam o tempo todo com os olhos brilhando sobre ´´The OC- Um Estranho no Paraíso´´, e dizem que ´´Malhação´´ é uma porcaria, mas as duas séries são a mesma coisa, só muda o local onde foram produzidas. Os medianos dizem expressões como ´´oh,gosh´´ e ´´lol´´ ( laughing out loud), achando que são mais expressivos e mais chiques do que alguém que não as utilize.
Seus condomínios tem nomes como ´´Royal Park Residence´´, ´´Golden Ville´´.
Essas pragas ambulantes deviam mudar-se para os Estados Unidos, ou qualquer lugar que fosse, e respeitar o único bem durável que o brasileiro tem: a cultura.
Se essas pessoas que ´´controlam´´ o país não ligam para ele, como têm a moral de dizer que ele é uma porcaria?

Tuesday, September 12, 2006

Divagações sobre a morte

A morte é uma dama esfaimada, cuja fome é infinita. Ela não é preconceituosa, concede uma hora a todos, cedo ou tarde. Não é justa, mas também não é injusta. A morte faz parte da vida, assim como a vida faz parte da morte.
Como nada é eterno, a morte também não é eterna. Quando todos os seres vivos tiverem morrido, ela também morrerá.
A morte é impulso, é estímulo. Quando acuados, sentindo-se próximos à morte, todos os animais lutam com sua força máxima, utilizando o potencial oculto nos mais remotos recônditos de suas células.
Poderia arriscar-me a dizer, e direi, que o medo da morte foi um dos grandes impulsos para a ciência e a tecnologia do ser humano, quem sabe o maior? A busca pelo conforto é a busca por uma fuga da morte.
A morte é descanso para o moribundo, é tristeza para quem fica, é o fascínio de tanta gente, partindo dos egípcios e passando para Edgar Allan Poe, entre milhões.
É algo que sempre vem de surpresa...pois ninguém sabe o seu exato momento.
É algo que pode ser vencido, porque enquanto existe a escrita, existe esperança de que alguém lerá o que o autor escreveu antes de morrer.